09/02/2018

O grande tecelão

Janeiro- 2018

O GRANDE TECELÃO
Quem diria que depois de 33 anos nós iriamos conseguir reunir a nossa turma da época de IBER (seminário onde fiz minha formação)? Somos poucas a viver longe do Brasil,  e desse grupo eu fui a única que teve o  privilégio de participar. Foi um presente de Deus e uma emoção indescritível. Não foi apenas uma oportunidade para matar saudade, rir e conviver, mas  também foi um tempo precioso de oração e testemunhos. Foi bom perceber o que Deus tem feito na vida de cada de nós. As lutas não são poucas, mas, Deus nos tem conduzido em triunfo. Foi bom perceber que o nosso grande tecelão um dia permitiu que nossas vidas se cruzassem. Ele nos amarrou juntas como uma bela tapeçaria. Naquela época, (1981-1984)  éramos ainda meninas, na casa dos vinte anos. Histórias diferentes, culturas diferentes, sotaques diferentes, e isso dava um colorido ao IBER,  local separado para preparar pessoas para o ministério. Meninas, agora transformadas em mulheres maduras servindo o senhor em ministérios variados. As linhas se cruzaram mais uma vez, nas mãos do grande tecelão. 

Por falar em tecelão, eu lembrei de uma reflexão de Max Lucado que nos lembrava que uma tapeçaria quando vista do avesso, não tem beleza e tudo parece uma confusão, mas quando viramos do lado certo entendemos o que o grande tecelão está a criar.  Nem sempre é fácil entender o que Deus está a fazer, pois as  vezes as linhas parecem confusas e sem sentido. A questão é que  estamos a olhar para o “hoje”, mas, um dia no futuro, veremos do “outro ponto de vista” e entenderemos o agir de Deus.  


O TEMPO NO BRASIL 

Quando encontrei um preço promocional de passagem da África para o Brasil, eu tinha uma convicção interior que deveria aproveitarpara refazer meus exames médicos, e gastar um tempo com a família. Entretanto, não tinha clareza o porquê Deus estava a permitir essa viagem fora de tempo. Entretanto, logo após o natal minha família começou a enfrentar um tempo difícil e entendi as razões de Deus me me levar ao Brasil. Uma de minhas tias adoeceu muito e foi hospitalizada, os médicos deram a ela poucos dias de vida. Foi muito doloroso para todos nós. Ela faleceu na minha última semana no Brasil. Os meus primos me deram a tarefa de trazer uma mensagem e fazer as orações na hora do sepultamento. Eu louvo a Deus pela oportunidade de pregar o evangelho e compartilhar a Palavra de Deus com eles nesse momento de dor.  Conto com as vossas orações pelos meus familiares. Incluam o pedido pela saúde de minha mãe e meu irmão. 

OS EXAMES MÉDICOS
Vários dos exames que eu preciso repetir com regularidade, por questão de controle, saíram bem melhor dessa vez. Isso é motivo de louvor. É natural que a medida que a idade avança surjam novos desafios na área da saúde,  mas, em linhas gerais, fiquei feliz com os resultados. 

OS DESAFIOS DE 2018
Entre os desafios que são permanentes como por exemplo, o número reduzido de professores para o Seminário, a transição de liderança,  os avanços e recuos na esfera política do país, 2018 eu tenho ainda dois desafios enormes: o doutoramento e a construção do nosso centro de achaco social.

Como aluna do cursos de doutoramento em educação, eu preciso terminar a minha pesquisa e o texto final até o fim do ano. Tendo uma orientadora num outro continente, pessoa muito capaz, mas muito ocupada, e uma internet não tão confiável, é uma luta. Esse ano não será fácil. O segundo desafio é vencer  a burocracia e a corrupção e tomar posse do terreno que “já temos o papel”, doado pela prefeitura em 2017. Precisamos começar a obra da nossa sede do ProIDE- Programa Integral de desenvolvimento, tão logo possivel. Entendemos a batalha espiritual que está por trás de tudo isso, assim   contamos com as vossas orações. O segundo terreno que nos foi oferecido pela prefeitura fica um pouco mais longe do centro da cidade, mas é maior e melhor. Na hora que Deus agir, vamos contar também com as cntribuições  para a construção.  São fases: o documento na mão, a posse do terreno, para depois a obra. É preciso muita oração. 


Com carinho,
Maura Juçá Manoel


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Publicado por André Metz